Bio

Sou artista plástico e poeta. Comecei profissionalmente como artista visual em 1989, desenhando, pintando e t6rabalhando com papel-machê. Participei de exposições no Brasil e fora do país. Moro em Atibaia-SP, e exerço meu trabalho nesta cidade. Uso atualmente pesquisa com o desenho, e a técnica de aguada de nanquim sobre papel. Conquistei algumas premiações:
2010 - Prêmio Pintura -Bienal do Esquisito- Núcleo Olho Latino-Campinas/Atibaia - SP
- Menção honrosa no Prêmio Yolando Malosi-Atibaia- SP
2005 - XIV Salão de Artes de Atibaia- artista convidado
2004 - Final do Mapa Cultural Paulista - SP
2007 - XVI Salão de Arte de Atibaia- Menção Honrosa
- Menção honrosa no Mapa Cultural Paulista - SP
Sou neurodivergente, e utilizo meu trabalho para ajudar na melhor condução e compreensão dos portadores de esquizofrenia.
Tenho dois livros de poemas publicados, o Roupagem leve, de 2011, pela Editora Patuá; e o A Volta do Nono Círculo: Relatos de um Esquizofrênico, 2024, pela editora Caravela.

Qual a importância da arte em sua vida?

Para mim a arte é como ar. Sem ela não existo e nada faz sentido.

Como você acha que a Arte pode contribuir no fortalecimento da Cultura de Paz?

A arte tem um papel muito importante no fortalecimento da cultura de paz, pois ela consegue transmitir mensagens de esperança, compreensão e empatia de uma forma que palavras às vezes não conseguem. Por meio da música, pintura, teatro, dança e outras formas de expressão, a arte promove o diálogo entre diferentes culturas e perspectivas, ajudando a diminuir preconceitos e promover o respeito mútuo. Além disso, ela pode ser uma ferramenta poderosa para sensibilizar as pessoas sobre questões sociais, incentivar a reflexão e estimular a solidariedade. Dessa forma, a arte contribui para criar ambientes mais acolhedores, pacíficos e inclusivos, fortalecendo os valores que sustentam uma sociedade mais justa e harmoniosa.

Entre as questões políticas, sociais, humanitárias e ambientais, qual delas mais te preocupa no momento?

As questões sociais e humanitárias me atraem mais. Pela própria convivência com a neurodivergência, especialmente a esquizofrenia que porto desde 1991, tenho um legado no meu trabalho voltado para as pessoas. Tento evocar esse problema e fazer com que suas peculiaridades sejam mais conhecidas por muitos em nossa sociedade. Além disso, busco orientar a melhor forma de nos portarmos diante dessas questões, de maneira humana e sensível, pelo viés da arte.

Na sua opinião, como a Arte pode contribuir na elevação da consciência das pessoas em relação às questões mencionadas acima?

Sim, pode e deve. A arte reflete coisas vivas e muito importantes. Ela nos faz sair da estagnação e entrar em movimento, buscando a surpresa impactante no olhar e na arte do artista. O olhar dos artistas contribui para que a sociedade perceba que deve estar atenta e participar, de maneira crítica suas manifestações. Além disso, é fundamental promover mudanças naquilo que é mais necessário: transformar o indivíduo e suas tendências, muitas vezes construídas pelos fatos do dia a dia em objetos de questionamentos constantes para que o mundo possa se solidarizar com as pessoas, para que elas saibam que tudo pode ser mudado e transformado em arte.