Sandra Becker

Brasil - SP - São Paulo

Sandra Becker

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Bio

Sandra Becker, nascida em 1963, Natal, RN, e radicada em São Paulo desde 1965, é uma artista multifacetada cuja trajetória é marcada pela diversidade e pela busca contínua por novas linguagens e expressões. Sua formação acadêmica começou no renomado Colégio IADE nos anos 1980, seguido pela graduação em Moda e Artes Visuais pela Faculdade Santa Marcelina, onde também conquistou o título de Mestre em Artes Visuais.
Ao longo de sua carreira, transitou entre a moda e as artes visuais, desenvolvendo pesquisas e trabalhos que refletem sua visão criativa e inovadora. Além de sua produção artística, ela também se dedicou ao ensino.
Realizou residência artística na China em 2023, ao lado de artistas de diferentes países, sob a coordenação da artista israelense Liora Yahalom, o que, foi fundamental para ampliar suas perspectivas e consolidar seu lugar no cenário artístico contemporâneo, onde ministrou workshops, além de expor seus trabalhos na Universidade DAHOE em Suzhou, demonstrando sua capacidade de interagir e criar em contextos culturais diversos.
Em março de 2025, foi selecionada para participar do 2º Programa Hélio Oiticica, uno Rio de Janeiro, RJ, com o projeto "Domingo no Parque", que estabeleceu um diálogo com os Parangolés de Hélio Oiticica e a música homônima de Gilberto Gil.

CURSOS
ARTE CONTEMPORÂNEA NA COREA DO SUL - Prof. Julia Flamingo Bigorna - 2025
QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS - Por. Dr. Oscar d’Ambrosio - 2020 ate o presente
CONSTRUÇÃO DA LINGUAGEM CONTEMPORÂNEA - Predo Afonso - Galeria 18 2024
ARTMOTIV BRASIL - Arte Contemporânea com o Prof Alvaro Seixas e Christiane Laclau - 2019 a 2023

Qual a importância da arte em sua vida?

Desde que me entendo por gente, meu cotidiano está entrelaçado com as Artes, em todas as suas formas de expressão. Comecei a pintar muito cedo, nas aulas de pintura que minha mãe dava em casa, e, ainda adolescente, passei a ajudá-la. Hoje, com minhas netas, transformo a arte em nossa brincadeira diária, e dessa convivência nasce um repertório que alimenta a minha própria narrativa.

Como você acha que a Arte pode contribuir no fortalecimento da Cultura de Paz?

No mundo em que vivemos hoje, marcado por tantos conflitos, sejam eles globais ou pessoais, a arte se apresenta como um processo capaz de fortalecer os vínculos entre as pessoas, sem distinções ou preconceitos. Ela cria pontes, aproxima diferenças e oferece espaço para o diálogo e a empatia. Em tempos em que o ódio parece corroer o coração de muitos, é urgente encontrar formas de destilá-lo, transformando essa energia em algo construtivo. A arte, com sua linguagem universal, é uma dessas formas: ela acolhe, ressignifica e nos convida a enxergar o outro com mais humanidade.

Entre as questões políticas, sociais, humanitárias e ambientais, qual delas mais te preocupa no momento?

As guerras, especialmente as que hoje assolam o Oriente Médio, têm se espalhado em discursos e atitudes por outros continentes, muitas vezes disfarçando o antissemitismo sob uma nova roupagem: o antissionismo. Sou judia, tenho familiares que vivem em Israel e sofro profundamente com o que está acontecendo lá. Sofro pelos dois lados, porque nenhuma guerra é justa. Mas a dor é ainda mais aguda por ter perdido pessoas muito próximas a mim no dia 07 de outubro de 2023. Ainda existem reféns sendo torturados, que ainda permanecem em cativeiro, mesmo após mais de 600 dias de guerra.

Estupro não é resistência. Matar bebês dentro de um forno não é resistência. Não me sinto segura vivendo sob um governo cujo presidente se declara abertamente antissemita e que, com isso, coloca um alvo nas costas de toda a comunidade judaica.

Na sua opinião, como a Arte pode contribuir na elevação da consciência das pessoas em relação às questões mencionadas acima?

A arte, como já mencionei anteriormente, tem o poder de criar pontes e estabelecer elos, permitindo que todos possamos, simbolicamente, andar de mãos dadas. No entanto, sinto que, apesar desse potencial de conexão, já perdi muitas oportunidades em editais por escolher pesquisar e explorar um tema tão delicado e contundente. Infelizmente, por ignorância e pela tendência de muitas pessoas repetirem discursos prontos, sem qualquer base histórica, vejo crescer uma militância infundada contra a comunidade judaica. Essa realidade acaba impactando também meu trabalho artístico.

As Coisas Lindas

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RIMON

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